segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Entrega das aves em Barcelos

Ontem foi dia de uma viagem,viagem essa a Barcelos para entregar as aves para o Internacional do Atlântico.As 11.30h da manhã comecei a apanhar as aves e a colocá-las na transportadora.Comecei pelos Ágatas amarelos mosaicos,de seguida coloquei dos intensos,nevados e consequentemente os castanhos e os Negros.Sai de casa eram 12.05 apanhei a estrada virada a Oiã e entrei na Auto-Estrada virado ao Porto.No Porto parei na estação de serviço onde almoçei,cerca de meia hora.Retomei a estrada e apanhei a A3 virado a Braga,passados alguns km apanhei a A11 virado a Barcelos,andei um pouco á nora devido não saber onde era o pavilhão,parei e falei com um Sr onde me disse que era no parque da cidade e que ficaria perto de uma Igreja e que antes da Igreja teria que virar á direita e eu assim o fiz.Cheguei ao pavilhão por volta das 14.20h, onde já se encontravam criadores para entregar as sua aves.A Viagem correu naturalmente bem e as aves foram entregues devidamente.O que me fez participar neste campeonato foi uma maior concorrência e também participar em algo mais sério e competitivo como já disse,por isso o importante para mim é participar,os prémios se vierem serão por acréscimo.Agora só falta mesmo as classificações.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Preparação das aves

Boa noite,hoje foi dia de mais um banho manual ás minhas aves.Isto para que as mesmas estejam em condições(secas) quando eu as levar este Domingo(25/10) a Barcelos.
A concorrência é muita, e se poder ganhar um pontinho a mais,pode fazer toda a diferença...agora é esperar que chegue Domingo para levar as aves e que tudo corra bem.
Eu irei estar em Barcelos no dia 25(Domingo) e no dia 1 de Novembro.
Desejo a todos boas exposições e optimos resultados!!!!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Quistos

A cada dia que passa a tecnologia ornitológica evolui mais e novas técnicas surgem para que possamos utilizá-las no nosso canaril.
Chegou a vez dos "Lumps" ou "Bolas" que tanto enfeiam os nossos pássaros. Em todo o canaril,aparece esse tipo de problemas e nunca sabemos realmente como tratá-los. Ultimamente estamos utilizando uma nova técnica que tem dado óptimos resultados e que passaremos a relatar aos criadores.
Há inúmeros factores e causas que provocam o surgimento das "Bolas" como:
·Pássaros com muita plumagem e excesso de penas;
·Erro no acasalamento;
·Debicagem dos pais nos filhotes ou o próprio canário magoando o folículo da pena, facilitando o aparecimento da "bola";
·A falta de nutrientes específicos bem como uma nutrição inadequada.
Anteriormente já foi tentado inúmeras maneiras de sarar o problema como:
-Amarrar com fio dental, e esperar cair;
-Amarrar com fio dental para cortar;
-Retirar e cauterizar a bola com bisturi elétrico, etc...
Porém, o mais novo método consiste em: Injectar ALBOCRESIL directo na "bola", uma quantidade necessária que se consiga injectar ,duas ou três vezes com uma agulha de insulina em vários locais da bola, durante 2 a 3 dias. Após esse tratamento é só cortar o suficiente para retirar a "bola" seque o local e coloque novamente o produto. Quando pretendemos retirar de uma só vez, fazemos cirurgia na qual utilizamos um isolante que nada mais é que duas laminas de alumínio unidas, em uma extremidade com um rebite e uma cavidade nas duas lâminas. Usamos a cavidade para segurar a "bola" e para não passar calor do ferro de soldar que usamos como bisturi eléctrico, ao corpo do canário que estamos a operar acautelando o local da mesma. Após a extração utilizamos uma pomada cicatrizante como protectora do local. Acreditamos que com essa nova tecnologia possamos sarar de uma vez esse problema que tanto aflige e causa a impressão de falta de cuidado com os nossos pássaros. Esperamos que estas informações auxiliem a todos ornitófilos e colocamos-nos à disposição para qualquer esclarecimento que ache necessário.

Fonte: http://www.canarilvalenca.com.br/artigos_detalhes.php?numero=451&ano=2005&cod_cat=23

domingo, 18 de outubro de 2009

CRITÉRIO DE JULGAMENTO NOS CANÁRIOS DE COR

LIPOCROMOS

- Os canários de cor lipocromica ( sub plumagem branca), têm a particularidade de possuírem o factor de inibição das melaninas e são julgados por “VARIEDADE e CATEGORIA”.

1 – VARIEDADE (Lipocromo)
Este termo refere-se à cor lipocrómica possuída pela ave a examinar pelo Juiz. As variedades reconhecidas pela COM, são distribuídas por seis cores:

A) Expressão lipocrómica máxima – Amarelo e Vermelho;
B) Inibição parcial do lipocromo – Branco Dominante;
C) Inibição total do lipocromo – Branco Recessivo;
D) Diluição do pigmento lipocromino (Mutação) – Amarelo Marfim e Vermelho Marfim.

A) Amarelo e Vermelho – Para julgar estas duas variedades temos de considerar o grau de pureza, teor quantitativo e a uniformidade do lipocrómo que a ave possui. Devemos preferir os canários que apresentem uma pureza perfeita do lipocrómo, acompanhada duma expressão máxima e de uma uniformidade total na cor. Na variedade Amarelo, devemos sempre de preferir a tonalidade limão.

B) Branco Dominante – C) Branco Recessivo – Existem três espécies de Branco, o Branco Recessivo, Branco Marfim e Branco Dominante – Para os brancos em geral os critérios de julgamento “Variedade” e “Categoria” são agrupadas estas duas rubricas, considerando a pontuação máxima global de 55 pontos, segundo os critérios da COM.

C) Amarelo Marfim e Vermelho Marfim – Para julgar estas duas variedades, temos que ter em conta o grau de pureza, a diluição e a uniformidade do lipocromo. Temos que preferir exemplares que apresentem um grau de pureza lipocromico perfeito, uniformidade e diluição máxima.

2 – CATEGORIA

Este termo refere-se à repartição do lipocromo, determinado pela natureza e à estrutura da pena.

CATEGORIAS RECONHECIDAS

A) Intenso;
B) Nevado;
C) Mosaico.

A) Intenso – Aqui as aves não podem apresentar nenhuma marca de formação de Nevado, o pigmento lipocromo deve estender-se até à extremidade da pena.

B) Nevado – Devemos preferir as aves cuja escamação (nevado) seja nítida, curta e uniforme por todo o corpo da ave.

C) Mosaicos – Macho (Tipo 2) – Os preferidos são as aves que apresentem uma mascara bem definida, delimitada com localização lipocromica intensa nas zonas de eleição (mascara, encontros, rabadilha e peito, com os olhos situados no interior da máscara, fazendo lembrar o pintassilgo. As remiges devem ser o mais branco possível, rabadilha bem colorida e delimitada, com o peito a mostrar por transparência uma zona colorida e bem separada da máscara e dos flancos e baixo-ventre branco, cor de giz.

Fêmeas (Tipo 1) – Devemos preferir as aves que apresentem uma localização lipocromica intensa e bem delimitada nas zonas de eleição (linha dos olhos, ombros, rabadilha, sendo o resto do corpo de cor branco giz.

NB: No que diz respeito aos canários melanicos a categoria mosaico, vai influenciar o desenho:

- Estrias melanicas na cabeça;
- Lipocromo ausente nas inter-estrias.

FACTOR INO OU SATINÉ

Todos os canários lipocromos INO ou SATINE têm olhos vermelhos. Esses exemplares devem ser julgados com os mesmos critérios dos restantes lipocromos.


CRITÉRIOS DE JULGAMENTO NAS MELANINAS CLÁSSICAS

MELANINAS: A melanina é constituída por pigmentos escuros (negros ou castanhos) que se encontram em certas células dos vertebrados, à qual se deve a cor da pele, cabelos e penas nas aves.

Nos canários podemos encontrar três tipos de melanina: Eumelanina negra, Eumelanina castanha e Fhaeomelanina.

Os canários de cor melanica (Sub-plumagem pigmentada) serão julgados por “TIPO” – “VARIEDADE” – “CATEGORIA”. No que diz respeito à VARIEDADE e CATEGORIA os critérios serão proporcionalmente os mesmos que são adoptados para os lipocromos.

No que diz respeito ao TIPO define a natureza e o grau de pigmentação das melaninas do exemplar.

TIPOS OU SÉRIES RECONHECIDOS PELA C.O.M

Melaninas oxidadas
1) Negro;
2) Castanho.

Melaninas Diluídas
3) Ágata;
4) Isabel.

1) NEGRO – Existem nas variedades Branca, Amarela e Vermelha, com a possibilidade do Marfim - Estes canários apresentam uma máxima oxidação dos pigmentos melanicos. A oxidação do Negro manifesta-se nas patas, unhas e bico. As penas dos ombros, asas e cauda devem ser fortemente coloridas de negro, as costas, flancos e cabeça devem apresentar estrias pretas sobre um fundo fortemente oxidado.

2) CASTANHO – Existem nas variedades Amarelo, Branco e Vermelho, com possibilidade do factor de diluição do Marfim. Estes canários, transformam a eumelanina negra em eumelanina castanha, dando origem ao pigmento melanico castanho completamente oxidado, ou seja nas tonalidades e expressões máximas, característica do facto de desaparecer o pigmento preto.

Desenho idêntico ao tipo Negro, constituído pelas estrias dorsais que partem do cimo das costas e estendem-se até às grandes penas, cobrindo as asas. Ao contrario do Negro, a cor das estrias é castanha, as marcas das remiges são as penas acentuadas, estrias bem marcadas e simétricas nos flancos que deverão ser da mesma cor tonalidade melanica que as costas, cabeça e peito. Expressão máxima da melanina eumelanina castanha.

3) ÁGATA – Existem nas variedades de cor Branco, Amarelo e Vermelho, com a possibilidade do Marfim.

As características típicas do Ágata, são a presença simultânea do pigmento melanico negro diluído, devendo apresentar uma margem cinzenta-pérola nas extremidades das retrizes e remiges, estrias nas costas, flancos e bigodes, junto às mandíbulas. Devemos ter em atenção que a diluição no Ágata varia entre largos limites, podendo transformar-se gradualmente para uma oxidação exagerada, com unhas e bicos um pouco oxidados, característica atípica do ágata, penalizante nos julgamentos.

Nos Ágatas as marcas de diluição devem ser bem visíveis, essencialmente nos rebordos das penas, estas devem ser claras, cor de cinza, devendo desaparecer a eumelanina castanha, existindo a concentração máxima do negro.

As estrias nas costas e flancos devem ser bem marcados e simétricos. O desenho na cabeça é muito importante no Ágata, sendo constituído por uma calota preta nos intensivos, cinza escuro nos nevados e por estrias finas e curtas no mosaico.

As sobrancelhas devem ser privadas de melanina, apresentando a concentração máxima de pureza do lipocromo, devendo apresentar bigodes com a concentração máxima de melanina bem visíveis, as patas unhas e bico, serão de cor de carne e as inter-estrias, devem apresentar uma boa expressão de lipocromo, excepto nos mosaicos.

4) ISABEL - Este tipo de exemplares não provêm de nenhuma mutação propriamente dito, mas sim de uma combinação do Castanho e do Ágata, que, mediante um fenómeno genético denominado “crossing-over”deu origem a estes exemplares.

As características típicas da Isabel são o de apresentar apenas a eumelanina castanha fortemente reduzida por um factor de diluição. Esta diluição deve ser uniformemente visível sobre o manto sem manchas claras em determinados pontos, tais como nos flancos ou extremidades das remegis e rectrizes.

O dorso deve apresentar um desenho (estrias) como do tipo Ágata, curtas e finas, com uma ligeira marcação nos flancos. A inter estria deverá permitir a expressão do lipocromo.

O Isabel apresenta-se nas cores lipocromicas branco recessivo, branco dominante, amarelo, amarelo marfim, vermelho e vermelho marfim na categoria Intenso, nevado e Mosaico, o bico, patas e unhas são de cor clara e os olhos são pretos.

O Isabel poderá ser afectado pela mutação satiné, possuindo um desenho melanico perfeitamente marcado. Este desenho é formado por eumelanina castanha com um desenho idêntico ao Isabel e ausência total de feomelanina. Deverá apresentar entre o desenho um lipocromo de fundo completamente limpo e luminoso. O subplumagem é de cor bege claro, o bico, patas e unhas são de cor clara e os olhos são vermelhos.

NAS SÉRIES NEGRO, CASTANHO, AGATA E ISABEL, FACTORES DE DILUIÇÃO QUE DERAM ORIGEM ÀS SEGUINTES MUTAÇÕES:


- NEGRO – Negro Pastel, Negro Opala, Negro Topázio, Negro Eumo e Negro Ónix;

- Castanho – Castanho Pastel, Castanho Opala, Castanho Eumo e Castanho Ónix;

- Ágata – Ágata Pastel, Ágata Opala, Ágata Topázio, Ágata Eumo, Ágata Ónix;

- Isabel – Isabel Pastel e Isabel Opala, (A mutação Isabel Opal não é julgada em exposições dado o grau de diluição apresentado fénotipicamente fazer parecer que se trata de uma ave lipocromica).

NOTA: O factor pastel asa cinzenta só actua sobre as aves da série negra. E o factor satiné só actua sobre as séries diluídas (ágata e Isabel).

Negro Pastel – Existem nas cores lipocromicas, Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. A mutação pastel caracteriza-se por uma redução das eumelaninas e a dispersão da phaeomelanina. Esta diluição modifica a totalidade do desenho e transforma o negro em cinzento antracite, não podendo haver descoloração nas remiges e rectrizes. As estrias devem ser diluídas, finas e curtas. O bico, patas e unhas, devem ser uniformes, de uma só cor e o mais escuro possível.

ASAS CINZENTAS - O negro pastel “ Asas cinzentas” caracteriza-se por uma super diluição da parte média da pena, com concentrações de eumelanina negra localizado nas extremidades das regiges e retrizes. As marcas claras de diluição, situam-se em todas as penas, apresentando nas costas um desenho em forma de lunulas de cor cinza pérola e localizações negras em forma de grão nas estremidades. Sobre as remiges e retrizes a diluição da parte central e a concentração da eumelanina negra nas extremidades das penas, deixam aparecer um negro evidente associado a um cinza pérola. A extremidade negra das remiges deve ser bordada com uma orla com o máximo de um centímetro, sendo ligeiramente inferior esta orla nas retrizes. As patas, unhas e bicos devem ser de cor uniforme e o mais escura possível.

Castanho Pastel – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. A acção da mutação pastel exercida sobre o canário castanho clássico, dá origem a uma notável redução na estrutura fhaeomelanica e à dispersão da eumelanina castanha, apresentando nestes canários uma cor castanha escura por todo o corpo, com expressão mínima no desenho, e as remegis e rectrizes a apresentarem um determinado grau de diluição, apenas os intensos apresentam desenho. O bico, patas e unhas devem ser de cor de pele e a sub plumagem é de cor castanha.

Ágata Pastel – Quando a mutação pastel aparece sobre um canário ágata a débil estrutura fhaeomelanica deste é sensivelmente reduzida, com tendência para desaparecer, dando origem aos exemplares considerados óptimos. Estes canários possuem unicamente uma estrutura melanica negra com uma aurelea de diluição, produzida pela mencionada ausência total da fhaeomelanina, sendo esta diluição bastante acentuada nas remiges e rectrizes, apresentando uma cor com o tom cinza pérola. O bico, patas e unhas devem ser de cor de pele, sendo a sub plumagem cor cinza.

Isabel Pastel – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. As características típicas são o de apresentar um pigmento melanico castanho fortemente diluído até completo desaparecimento do desenho, devendo este ser apenas perceptível. A presença do factor óptico associado à diluição favorece o aparecimento de um ligeiro desenho nos intensos e mosaicos. O bico, patas e unhas devem ser cor clara, com a sub plumagem bege muito claro.

OPALA – Este carácter aparece por mutação genética, modificando a estrutura da pena e tranforma os grânulos de eumelanina negra em cinza azulado, eleminando por completo a eumelanina castanha e a fhaeomelanina. Estes últimos poderão apresentar-se unicamente em alguns exemplares das séries negras e Ágatas. O factor opala é um factor de refracção por excelência, pelo que na realidade deverá falar-se de ambos os factores (Opala e Refracção) modificarem a estrutura da pena.

Negro Opala – Existem no Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. As características típicas são o de apresentarem um factor de redução melanica que só deverá influenciar o manto (penas principais e plumagem), deixando inalterada a característica fundamental dos negros, ou seja a completa oxidação das patas e do bico e manifestação máxima da melanina negra com tonalidade cinza azulada, desaparecendo quase por completo a estrutura fhaeomelanica, aparecendo o lipocromo de fundo extremamente luminoso, sub plumagem cinza pérola.

Castanho Opala – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. As características típicas destas aves são o de o factor opala provocar o quase desaparecimento total da estrutura melanina, tanto a fhaeomelanica como a eumelanica, devendo deixar evidentes ligeiras estrias castanhas sobre um fundo oculto. O bico, patas e unhas são de cor de pele.

Ágata Opala – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. A sobreposição do factor opala na diluição da Ágata, dá origem a um canário similar ao negro opala, mas mais diluído. As melaninas no dorso, cabeça e flancos permanecem intactos, isto é da mesma forma e tamanho do ágata clássico, mas com uma tonalidade de cinza pérola azulado. O lipocromo de fundo, por ausência da fhaeomelanina, deve ser muito luminoso. O bico, patas e unhas, são cor de pela, com a sub plumagem cor de cinza pérola azulado.

Isabel Opala – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do factor Marfim. Nestas aves o factor Opala provoca o desaparecimento quase total das estruturas melanicas ( fhaeomelanina e eumelanina castanha), fazendo parecer uma ave lipocromica, só algumas pessoas mais experientes serão capazes de distinguir alguns vestígios melanicos no manto e sub plumagem, somente nas remiges poderá adivinhar-se alguns vestígios de fhaeomelanina.

TOPÁZIOS – Esta mutação teve origem em canários INOs, o que explica a fhaemelanina muito importante nestas aves. Esta mutação, contrariamente aos INOs, cuja melanina aparece na periferia das penas, nos castanhos e Ágatas esta é praticamente inexistente. Estas aves apresentam uma melanina bem visível nos negros e ágatas, concentrando a eumelanina negra no centro das penas (Axe), foram denominados por canários de melaninas centrais. Os primeiros topázios a aparecerem tinham ainda bastante eumelanina castanha e fhaeomelanina, com o decorrer dos anos esta mutação veio cada vez mais a aperfeiçoar-se e hoje é das mutações mais belas, com contrastes bem definidos. Esta mutação caracteriza-se pela modificação na produção da eumelanina e por a concentração da mesma em redor do canal medular das penas, deixar aparecer largos contornos nas grandes penas. A presença do factor óptico favorece notavelmente os mosaicos, por terem um melhor contraste no desenho. Apesar destas aves quando nascem terem os olhos vermelhos com o decorrer dos dias estes vão ficando escuros.

Negro Topázio - Esta mutação existe nas cores lipocromicas Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. A eumelanina típica do negro topázio é de cor de negro chocolate (cor pele de castanha) e similar ao negro clássico, com presença mínima de phaeomelanina, permitindo um bom contraste e contornos claros nas remiges e rectrizes. Os flancos devem ser bem marcados. Olhos são negros. Na mutação topázio da série negra, chamo a atenção para a cor do bico, patas e unhas serem de cor de carne.

Ágata Topázio – Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim. O desenho na cor das melaninas é antracite, mais claro que nos negros, com a presença de phaeomelanina o mais reduzida possível. Os contornos das grandes penas devem ser claros, amplos e largos, com os flancos bem marcados. O bico, patas e unhas são cor clara e os olhos são negros.

Castanho e Isabel Topázio – Pela experiência que temos e por indicações da COM/OMJ, não nos permite actualmente estabelecer os Standards destas séries.

EUMOS – A mutação Eumo caracteriza-se por uma redução da eumelanina negra nos negros e ágatas e da eumelanina castanha nas aves da série castanha, e ausência da fhaeomelanina de forma a permitir uma nítida cor de fundo. O desenho dos Eumos é idêntico à dos clássicos com melanina ligeiramente mais fina.

Negro Eumo – A eumelanina deve ser negra com uma ligeira redução (negro-gris) e ausência da fhaeomelanina. Os flancos devem ter a presença de estrias de cor antrancite e desenho como os clássicos, um pouco menos larga. As remiges serão bem marcadas, o bico, patas e unhas são de cor clara e olhos avermelhados. Existem nas cores lipocromicas Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.

Castanho Eumo – A eumelanina é castanha com ausência da fhaeomelanina. Os flancos devem ser bem marcados com estrias castanhas e o desenho deve ser idêntico ao dos clássicos mas com estrias mais finas. As remiges devem ser bem marcadas, o bico, patas e unhas devem ser de cor clara. Os olhos são de cor avermelhados.

Ágata Eumo – A eumelanina é negra um pouco reduzida de cor cinza, com ausência da fhaeomelanina, estrias bem marcadas nos flancos e desenho comum dos ágatas clássicos com melanina um pouco mais fina. As remiges bem marcadas, olhos, patas e bico de cor clara e olhos vermelhos.

Isabel Eumo – Nesta série por falta de experiência não há possibilidades de estabelecer standard.

ONIXES – A mutação ONIX, caracteriza-se por uma modificação da disposição da eumelanina no interior das penas, dando uma tonalidade as estrias mais marcadas e bem visíveis com o desenho dos clássicos. Existem nas cores Branco, Amarelo, Vermelho e possibilidade do Marfim.

Negro Ónix – Caracteriza-se pela ausência da fhaeomelanina, o desenho é idêntico aos dos clássicos com uma tonalidade ainda mais negra, as remiges e retrizes devem ter uma cor o mais uniforme possível. O bico, patas e unhas devem ser o mais negro possível.

Castanho Ónix – A ausência da fhaeomelanina deve ser visível, o desenho é idêntico à dos clássicos com uma tonalidade ainda acentuada, as remiges e retrizes devem ter uma cor o mais uniforme possível. O bico, patas e unhas devem ter a cor de pele. Olhos negros.

Ágata Ónix – A ausência da fhaeomelanina deve ser bem visível, o desenho é idêntico à dos ágatas clássicos com uma tonalidade de cor cinza bem acentuada, as remiges e retrizes devem ter uma cor o mais uniforme possível. O bico, patas e unhas são de cor clara, e olhos negros.

Isabel Ónix - Nesta série por falta de experiência não há possibilidades de estabelecer standard.


JULGAMENTO DOS MELANICOS INOS

O factor INO é caracterizado pela inibição das melaninas negras, apresentando apenas as melaninas castanhas (Phaeo Melanina). Como todos os melanicos, os Inos são julgados por Tipo, Variedade e Categoria. O factor Ino afecta os Tipos das séries Negras, Castanha, Ágata e Isabel. Para os Ágatas e Isabeis, sofrem uma inibição quase total das melaninas, o julgamento será efectuado segundo critérios dos lipocromicos. Para os Negros e Castanhos as características típicas tendem em evoluir no mesmo sentido dos primeiros, subsistindo ainda algumas diferenças ao nível da pigmentação das remiges e das rectrizes. Por isso, os seus desenhos melanicos deverão exprimir um fenotipo cuja principal característica é ser o contraste observado entre as melaninas e a parte lipocromica. As características típicas dos Negros e Castanhos Inos são o de apresentar a melanina castanha sob a forma de escamação da testa às rectrizes, o peito será pigmentado com os os flancos, o bico e as patas são de cor clara e olhos rubis, aos quais chamamos PHAEOS. A perfeita escamação será o resultado de um bom equilíbrio entre uma pigmentação máxima e uma estrutura de pena adequada, permitindo a transferência dessa melanina da parte central para a periferia da pena (paheomelanina). O contraste torna-se evidente quando essa parte central é totalmente desguarnecida de melanina, contrariamente ao rebordo da pena, que apresenta a phaeomelanina.


JULGAMENTO DOS MELANICOS SATINES


O factor Satiné, caracteriza-se pela inibição da melanina negra, deixando aparecer a melanina castanha ao nível do eixo central das penas (raquis) sob a forma de estrias a melanina castanha é ausente ao nível das inter-estrias, como todas as melaninas, os Satinés serão julgados por TIPO, Variedade e Categoria. Para as duas últimas, reporta-se aos critérios de julgamento dos canários lipocromos mas com uma notação própria das melaninas. O factor Satiné só se exprime nos Ágatas e Isabeis, nos Ágatas geralmente não apresentam estrias, ao contrário os Isabeis que apresentam estrias bem marcadas, existindo assim dois fénotipos de Satinés, sendo apenas os segundos reconhecidos pela COM.

CRITERIOS DE JULGAMENTO, RELATIVO À PLUMAGEM, TAMANHO, FORMA, PORTE E IMPRESSÃO.

Plumagem – A ave tem que ter a plumagem completa, uniforme, lisa, concisa e sedosa. As penas devem recobrir-se, sobrepondo-se, com as remiges e retrizes completas e intactos.

Tamanho – O tamanho no canário de cor, pode variar entre os 13 e 14 cm, devendo as aves muito pequenas ou muito grandes ser penalizadas.

Forma - Uma ave excelente deve apresentar as condições seguintes:

- Cabeça – Redonda e larga, bico curto e cónico, olhos brilhantes, vivos e dispostos na linha imaginária superior ao fecho do bico, pescoço atarracado e proporcionado em relação ao comprimento do corpo, com reforço da base de implantação no tronco.

- Costas – Largas e cheias. Devem formar um único e harmonioso bloco com as asas que devem apoiar-se naturalmente e simetricamente sobre a base da cauda.

- Peito – Arredondado sem ser muito pesado. Visto de frente, o peito aparece-nos largo e potente.

- Tronco – Não muito gordo, nem magro e débil, deve ser harmonioso com o pescoço e cabeça, dando ao conjunto uma impressão de potência e ao mesmo tempo de elegância e beleza.

- Cauda – Nem muito comprida, nem muito curta, de harmonizar-se com o comprimento do corpo. Não deve abrir-se demasiado na sua extremidade, devendo imitar o rabo de andorinha.

- Membros inferiores – Robustos e sólidos com dedos fortes e bem seguros ao agarrar o poleiro.

- Porte – Por porte entende-se a forma como a ave se apresenta na sua gaiola. Deve-se notar que muitas vezes a forma e o porte completam-se reciprocamente, influenciando-se um ao outro. Um canário cuja forma seja má, dificilmente tem um bom porte e vice-versa. Um excelente porte pode resumir-se em três palavras: Força, Vivacidade e Activo. Em estado de calma o canário deve apresentar a linha, corpo-cauda direita e continua e definir em relação ao poleiro um ângulo de aproximadamente 45º.

- Impressão – Em relação a este termo, temos que considerar as condições de saúde e higiene da ave, como a soma de todos as outras rubricas, tendo em consideração no seu conjunto a sua unidade estética. Teremos com certeza uma excelente impressão duma ave, se para além da sua beleza, também se apresentar limpo e em perfeito estado de saúde. Temos de penalizar a presença de sujidade na cauda ou no corpo, saúde deficiente, lesões nas pernas ou nas patas. No entanto, não se deve prestar demasiada atenção a eventuais marcas de sujidade que podem ser causadas por gaiolas de exposição em mau estado higiénico ou sanitário.

Fonte:http://canariculturatuga.com/forum/artigos/criterios-de-julgamento-nos-canarios-de-cor/?highlight=onix

domingo, 11 de outubro de 2009

Internacional Barcelos

Depois de escolher os exemplares que hirão estar presentes no Internacional em Barcelos,hoje fui ao site do internacional para preencher a ficha com as aves que irei levar há exposição e já está tudo preenchido,são poucas as aves que irei levar a exposição,mas tou convicto que irão estar á altura da mesma,estou com boas espectativas para este concurso,também é a primeira vez que participo em Internacionais,mas penso que vai correr bem.
No dia 25 deste mês lá estarei para entregar as aves no local da exposição e depois é aguarda pelos julgamentos e de seguida ir ver ao site do Internacional qual a pontuação que as minhas aves obtiveram.Estou um pouco ancioso,diga-se de passagem mas penso que vai correr tudo bem.

Até lá,boas preparações das aves para as exposições!!!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Técnica Para Lavar Pássaros

"Permitir um banho regular, durante todo o ano aos pássaros de gaiola e de viveiros, é uma norma que deve cumprir um bom criador.

Necessita-se de fornecer condições para que todos os pássaros criados possam efectuar os seus banhos diários, existem banheiras apropriadas, as quais devem ser bem limpas e desinfectadas com soluções aquosas de sais quaternários de amónio.

Deve-se observar preventivamente a não utilização de substâncias ADERENTES no líquido do banho, ou seja, substâncias que venham juntar-se para favorecer a adesão às paredes, gaiolas etc; estes ADERENTES são danosos aos pássaros porque cobrem a plumagem com uma "película" e são irritantes aos olhos.

Os produtos contendo sais quaternários de amónio devem ser utilizados nas dosagens indicadas pelos produtores (normalmente 1 colher de café para 1 litro de água de banho:

para acção desinfectante e antimicótica usa-se 1 colher das de sobremesa por litro de água e esta dosagem é contra-indicada para banho ou limpeza dos pássaros.

Os pássaros gostam de banhar-se diariamente também durante o Outono e o Inverno, em água tépida, canários de cor e canários de todas as raças e todos os indígenas, a maioria dos exóticos, se saudáveis e bem alojados aceitam muito bem o banho diário ou em dias alternados.

Entretanto, as raças delicadas, algumas espécies de exóticos granívoros e insectívoros podem banhar-se em intervalos mais longos, em ambientes secos, totalmente sem correntes de ar, com água ligeiramente morna (sobretudo para os Giber Itálicos e o Giboso Espanhol, que não tem penas em certas partes do corpo) nas estações mais frias do ano.

Para alguns pássaros, mesmo oferecendo-se banheiras com água, há uma recusa de imergirem na água; isto é normal para certas espécies como Melopsittacus undulatus que preferem que esfreguem as penas contra verduras molhadas.

Para estes últimos não resta outra alternativa senão efectuar-se uma boa borrifação, sem exageros, através de alguns borrifos que são adquiridos em floricultura; dissolve-se uma colher das de café de sais quaternários de amónio para cada litro de água.

É óbvio que a gaiola contendo os pássaros que tomam banho (através da banheira ou da borrifação) deve ser bem limpa, pois de outro modo a plumagem ficaria suja e isto é um facto negativo, sobretudo para os pássaros que devem ir a concurso ou exposição.

O fundo da gaiola ou a bandeja deve ser coberto por papel limpo do tipo absorvente e os arames devem ser bem zincados e esmaltados (a ferrugem suja a plumagem).

Os únicos períodos nos quais convém evitar a borrifação são:

durante o período de reprodução (a borrifação pode espantar a fêmea que pode interromper o choco ou a alimentação dos filhotes, ou descondicionar excessivamente os reprodutores, notoriamente mais ansiosos e medrosos que podem, em casos extremos, parar o ciclo reprodutivo devido ao descondicionamento hormonal; esta última situação é mais frequente nas espécies silvestres ou ainda não bem adaptadas à vida no estado de cativeiro) e durante o período da muda, pelo perigo de resfriamento.

Banhos ou borrifações devem ser feitos sempre antes das 15 horas para evitar que os pássaros durmam molhados ou húmidos.

Como lavar os pássaros que serão expostos em concurso ou exposição:

A lavagem das penas constitui um trabalho um tanto quanto delicado, porque o corpo do pássaro é muito sensível a cada tipo de manuseio e, em cada caso, não deve tê-los muito apertados na mão.

Lembremo-nos que sempre que pegamos um pássaro na mão, ele sofre um stress mais ou menos sério.

Portanto a “lavagem manual” é uma operação que se faz somente para espécies ou raças mais domesticadas ou mais letárgicas (muitas raças de canários de forma, postura e frisados habituados ao contacto humano etc.); embora para os canários de cor e raças, sejam indígenas ou exóticas, aconselha-se evitar a captura difícil e o trabalhoso banho a mão; muito melhor oferecer-se a banheira ou borrifar-se.

Como se subdividem os canários de acordo com a plumagem:CANÁRIOS que devem ter a PLUMAGEM ADERENTE.CANÁRIOS que devem ter a PLUMAGEM VAPOROSA.

Esta subdivisão, orientativa para os criadores, torna-se necessária para a metodologia da “lavagem manual” a ser descritiva porque certos ingredientes do banho favorecem ou a uma plumagem aderente e sedosa ou uma plumagem fofa e luzente.

Assim, por exemplo, um SCOTCH não pode ser lavado com um ingrediente que favoreça a fofura nem, pelo contrário, um NORWICH pode ser lavado com um ingrediente que torna a plumagem aderente.

O criador que pela primeira vez prepara a “lavagem manual” dos próprios pássaros, deve antes praticar lavando outros pássaros que não irão para o concurso ou exposição.

Desta forma, se os primeiros resultados da lavagem não forem satisfatórios (devido a eventuais erros na “técnica do banho”) pode-se pesquisar as causas negativas que provocaram o resultado negativo.

Lembrar-se sempre que um pássaro lavado recentemente pode manchar facilmente a própria plumagem (daí a necessidade de aloja-los em lugares bem limpos e com arames sem ferrugem).

Preparos e utensílios:

Quando se prepara os pássaros que devem ser expostos, o criador não só deverá preventivamente treinar-lhes a exibirem-se sem temor, mas como também deverá certificar-se que a plumagem seja imaculada, sem penas sujas especialmente em volta do pescoço e na cauda, partes da plumagem que se sujam mais facilmente.

Normalmente a “lavagem manual” é feita uma semana antes do dia do concurso ou exposição.

Para lavar os pássaros deve-se preventivamente munir-se dos seguintes preparos:

3 ou 4 recipientes de ½ litro de água, mas o ideal seria em água corrente em fio e morna se possível;

Um champô neutro para criança, tipo que não irrite os olhos (ex: “Johnson”);

Uma garrafa de vinagre de maçã de boa qualidade;·

Um recipiente contendo glicerina;

Um pincel de barba de pêlos muito fofo (melhor dois pincéis) e uma escova de dentes macia em forma de triângulo, para lavar a cabeça;

Um recipiente contendo sabão neutro de boa qualidade;

Papel toalha bem absorvente;

Uma esponja natural, muito macia (não de plástico);

Alguns cotonetes (dos utilizados para limpeza de ouvidos humanos).

Além disso é necessário secar-se a plumagem e para tanto pode-se usar:

Uma fonte de calor (observar para não haver alterações quanto a oxigenação);

Ou um local (diferente do de criação) bem quente, com temperatura acima de 23ºC.

Deve-se ter PRECISÃO, PROTEÇÃO e DELICADEZA.

Com estes “ingredientes”, uma boa prática conferirá gradualmente aquela experiência que permitirá lavar, em uma hora, uma dúzia de pássaros para concurso ou exposição.

Procedimento:

Um local quente (bem fechado, para evitar qualquer perigo de corrente de ar) pode conter um número elevado de pássaros molhados.

É necessário evitar-se uma secagem muito rápida, ou seja, um calor excessivo que facilitaria uma plumagem desarrumada e anti estética que podem perdurar por várias semanas:

ao contrário, uma secagem muito lenta (gaiola muito distante da fonte de calor) coloca em perigo o pássaro que, pela queda de temperatura pode ser acometido de todas as complicações que se pode facilmente imaginar.

Os canhotos seguram o pássaro com a mão direita; a maioria dos destros, seguram com a mão esquerda, delicadamente, mantendo o polegar e o indicador em volta do pescoço, sobre o ombro, no sentido de evitar que a cabeça possa sair, com consequente fuga.

No primeiro recipiente coloca-se água morna com um pouco de champô; emerge-se o pincel de barba ou escova de dente e, delicadamente, manejando o pássaro na mão, se esfrega toda a plumagem sempre na direcção cabeça-cauda (ou seja, na direcção da pena e NUNCA ao contrário).

Pode-se também lavar em água morna e corrente, saindo apenas um filete é mais rápido e higiénico.

Com um bastonete, embebido em água com champô, limpa-se a cabeça, face e pescoço do pássaro, tendo-se cuidado para que a água não atinja o bico ou os olhos (mesmo um baby-shampoo irrita os delicados olhos dos pássaros).

Colocar bem a cauda na água com champô e lavar, junto as asas mantidas abertas, com o pincel de barba ou escova de dente macia.

Primeiramente lava-se a cabeça, a nuca, depois o dorso, os ombros, as asas (as asas são abertas e colocadas entre o indicador e o polegar da mão esquerda ou da direita quando se é canhoto e, com a outra mão, através do pincel de barbear, lavam-se as asas, sobretudo nas extremidades onde há mais sujeiras), o uropígio e a cauda.

Depois, delicadamente, põe-se o pássaro com o ventre para cima e, sempre seguindo a direcção da plumagem (cabeça-cauda), são lavadas as partes inferiores, começando pela face, pescoço, peito, abdómen, subcauda e a raiz da parte inferior da cauda.

Porém, para os exemplares mais irrequietos, deve-se lavar inicialmente o corpo, deixando-se por último a cabeça; deste modo o pássaro ficará mais tranquilo e não se debaterá durante a lavagem da cabeça.

Nenhum pássaro gosta de ser colocado de “barriga pra cima” e, sobretudo os mais irrequietos, debatendo-se, podem fugir da mão; porém é possível controlar-se seus movimentos colocando-se o polegar e o indicador (formando um pequeno anel) entre a cabeça e o ombro, controlando o seu fechamento para evitar a saída da cabeça.

Como lavar a cabeça e a poupa:·

Nos exemplares com poupa (tipo ARLEQUIM, GLOSTER CORONA, CREST etc.) arrumam-se delicadamente as penas, a partir do centro do poupa (“coroa”) ajustando-as e, com a extremidade do bastonete embebido em água e champô, esfregar na direcção da pena, estando muito atento para não arrancar nenhuma pena durante a operação.

A esta altura, passando-se delicadamente um dedo da mão sobre a plumagem molhada, sempre em direcção da cabeça-cauda, faz-se escorrer a maior quantidade de água e champô.

O pincel de barbear, em um recipiente contendo água pura colocada à parte, é bem lavado e espremido;

depois passa-se sobre sabão neutro e depois é molhado;

depois repassa-se sobre toda sobre toda a plumagem do corpo do pássaro do mesmo modo já descrito.

Se o pássaro não estava muito sujo, a utilização de sabão neutro pode ser evitada.

O reenxaguo:

Após o ensaboamento deve-se fazer o reenxaguo do pássaro.

Esta operação é importante na lavagem com champô, porque cada traço de sabão deve ser removido para se obter um perfeito resultado final.

No segundo recipiente, contendo água pura morna, imerge-se todo o corpo do pássaro (obviamente com excepção da cabeça); abrem-se as asas e a cauda; através da outra mão recolhe-se água pura e lava-se delicadamente o pássaro.

No terceiro recipiente é colocada água morna, na qual é adicionada: ou uma colher das de café de GLICERINA; ou uma colher das de café de um bom VINAGRE de maçã ou uva.

A GLICERINA favorece a formação de uma plumagem elástica, muito macia, sedosa, vaporosa e mais cheia e é, assim, indicada para aqueles pássaros que devem exibir este tipo de plumagem (ex: NORWICH, GLOSTER, FRISADOS etc).

Pode-se juntar à glicerina algumas gotas de limão que neutralizam traços de sabão.O VINAGRE, ao contrário, favorece uma plumagem brilhante e aderente; de tal modo é indicado para exemplares cujo standard prevê este tipo de plumagem (ex: SCOTCH, BOSSU, HOSO, PERIQUITOS ONDULADOS, espécies indígenas e exóticas de “tipo silvestre” etc.).

Utiliza-se uma colher de glicerina (com 20 gotas de limão) ou de vinagre para cada litro de água.Antes de soltar o canário na gaiola de secagem enxugue-o bem e depois deixe-o por alguns minutos enrolado na toalha para que esta absorva alguma parte da água das penas."

Artigo retirado do site: http://mundo-dos-canarios-artigos.blogspot.com/search/label/Lavar%20Aves