domingo, 30 de dezembro de 2007

Alguns conselhos práticos para canários

(continuação)

Anilhamento

Qual a melhor altura para anilhar as aves?

Normalmente entre o 5º e o 6º dia, no entanto deve-se ter em conta com o desenvolvimento da jovem ave. A anilha é o bilhete de identidade da ave, pois nela consta o seguinte: ano de nascimento, numero da ave,numero de criador “stam” e sigla do clube que pertence o criador. A anilha é fechada e não permite a falsificação da identidade do pássaro. O Anilhamento e feito da seguinte forma: colocam-se os três dedos da frente no interior da anilha, depois de fazer a anilha subir pela pata passará o outro dedo, estando a anilha colocada. Muito cuidado para não colocar a anilha muito cedo que acaba por cair, ou muito tarde e ai pode magoar a ave ao tentar colocá-la.

Separação das jovens aves

Normalmente as jovens aves separam-se por volta do 30º dia após o nascimento. Mas geralmente nessa data ainda são alimentadas pelos progenitores. Quando deixarem de ser alimentadas pelos progenitores colocar as aves em viveiros amplos para as jovens aves se desenvolverem, nesse mesmo viveiro deve – se colocar a disposição das aves água com vitamínico, sementes, papa e outros que o criador ache necessário.

Entretanto os progenitores continuam o seu ciclo de criação…deve-se salientar que as aves só deverão fazer três posturas para o bem estar das mesmas…

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Alguns conselhos práticos

Eclosão

No fim do período de incubação, cerca de 14 dias mais ou menos ao longo do qual o embrião se desenvolve no interior do ovo o jovem cai bicar a casca com a saliência córnea do seu bico chamada “diamante”. A mãe pássaro pode assim intervir nesta operação delicada. A casca vai então partir-se, libertando assim o passarinho. Ela chega a comer completamente a casca, mas estas por vezes são atiradas para fora do ninho.

Alimentação

Dois a três dias antes do nascimento, deve-se colocar á disposição dos pais, todo o material necessário para uma correcta alimentação. A mãe geralmente é atenciosa, pelo menos na primeira semana para alimentar os jovens, da sua alimentação dependerá o sucesso das jovens aves. A fêmea encarregar-se-á da limpeza do ninho, isso deverá acontecer até ao 12º dia, após esse período as jovens aves deverão ser capazes de expelir as suas necessidades para fora do ninho. Deverá ter-se em conta que alguns casais não alimentam bem as suas crias, e será ai que o criador terá de intervir, pois tem que alimentar as crias com papas próprias que estão disponíveis nas lojas da especialidade. (ex. papa baby, papex, entre outras), ou terá que colocar as jovens aves, noutros casais que tenhas crias da mesma idade.

Continua…

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Principais recomendações para criadores...

1- Não alimente as suas aves com sementes, misturas e outras substâncias que não estejam garantidas por uma firma especializada em nutrição.

2- Administre apenas medicamentos e antibióticos quando a enfermidade assim o exija e sempre nas doses mínimas recomendadas.

3- Não se esqueça que a melhor medicação é a higiene e a profilaxia, já que mais vale prevenir do que remediar.

4- Evite mudanças bruscas de temperatura, correntes de ar, excessos de calor e mudanças de locais.

5- Quando adquirir uma ave, procure que esta seja são, robusta e de melhor qualidade possível.

6- Faça-se sócio de um clube, onde lhe forneceram as anilhas e onde poderá encontrar soluções para algumas dificuldades que surjam.

7- Use insecticidas fabricados exclusivamente para aves e com garantia de especialistas em animais de estimação.

8- Periodicamente administre correctores vitaminicos.

9- Limpe e desinfecte as gaiolas, viveiros, comedouros, bebedouros e todos os utensílios.

10- Quando adquirir um novo exemplar não o junte aos que já lá estão, coloque-o numa gaiola de quarentena, para o observar.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Um pouco sobre genética(continuação)

Foi por situações semelhantes que algumas mutações ganharam fama de serem muito sensíveis ou até mesmo letais, erradamente. Veja-se o caso dos mandarins de bochecha negra, onde o cruzamento de dois recessivos ainda é “proibido” pelo surgimento de algumas crias melanisticas que morreriam sem deixar descendentes e por causas inteiramente ambientais, devido a deficiências nutritivas não queremos dizer com isto que podemos usar toas as aves com defeito para a reprodução, não, pelo contrário.


Devemos é tentar perceber a causa desses problemas e certificarmo-nos que é genética e transmissível antes de eliminarmos aves com excelente potencial genético. Para melhorar a qualidade das nossas aves é necessário eliminar algumas delas retirando os seus genes das linhas de reprodução.

Um bom exemplo disto é dos canários de factor vermelho. Por muito boa que seja a genética dos pais, se os filhos não receberem os suplementos necessários (corantes) durante a muda, nunca ganharam toda a cor pretendida. Este exemplo é perfeito para perceber como todo este processo se desenrola. Aqui a genética influencia o modo como o pigmento é absorvido e distribuído pela plumagem da ave mas aqui o ambiente é que controla a quantidade de pigmento que tem de ser distribuído. Suponhamos que o criador se esquecia de dar o corante numa época, mas sabia fazer um cruzamento com resultados já dados em anos anteriores. Não era por os filhos serem laranjas que não seriam bons geneticamente, muito provavelmente se na época seguinte fossem administrados os corantes necessários os descendentes dessas aves poderiam exprimir toda a sua capacidade genética.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Um pouco sobre genética...

Certamente que já várias vezes juntámos duas aves na esperança de que produzissem crias da cor de um dos pais e no final se obteve quase todas as cores possíveis ou até mesmo a cor que pretendíamos.

A cor é só um exemplo, pois podíamos fazê-lo em relação a vários factores, tais como: porte, tamanho, qualidades reprodutoras, etc.

A transmissão de certas características de pais para filhos é regida por “leis” que são a base da genética que devemos conhecer, ou pelo menos devíamos.

É importante salientar que alguns factores são ambientais e nem sempre é fácil de distingui-los. Por exemplo, uma ave que permaneça no ninho por dois meses (como por exemplo os psitacídeos) se não tiverem uma alimentação adequada, nomeadamente cálcio e vitaminas podem ficar com problemas nas patas. Agora imaginemos que essa ave era uma fêmea com qualidades excelentes... muito provavelmente muitos criadores acabariam por não a usar na criação por estar debilitada, mas o facto é que os problemas que ela tem não são transmissíveis aos filhos, pois a sua causa foi ambiental e quase de certeza que com uma alimentação equilibrada e adequada as sua crias não iriam ter quais queres problemas.

Continua…

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Germinação


“como alimento para aves”

Chamamos de germinação, ao inicio de um processo de brotação da semente onde sob condições adequadas, uma nova planta crescerá.

Todas as sementes em bom estado podem ser germinadas,desde que sejam submetidas a condições adequadas a temperatura e humidade.As condições para a germinação variam de semente para semente..contudo encontra-se á venda sementes especialmente para germinação.

No inicio deste processo de germinação, todos os recursos das sementes são concentradas nos “brotos”, dai serem tão ricos em vitaminas e nutrientes.

Como fazer a germinação?

Fazer a germinação é muito fácil, basta para isso lavá-las muito bem lavadas em água corrente.Deixá-las de molho durante 24 horas, após esse período lavá-las novamente e deixá-las a escorrer num”passe-vit” ou escorredor durante mais vinte e quatro horas. De seguida podem ser servidas as aves num período máximo de 24 horas,ao fim desse prazo deve m ser retiradas porque começaram a entrar em decomposição,fungos,bolor,

etc.

Vantagem da germinação...

As sementes germinadas são macias, altamente digestíveis, paladáveis e muito nutritivas.

São tenras, fazendo com que as crias iniciem mais cedo a ingestão de sementes e fazendo com que se alimentem com mais regularidade.

São especialmente indicadas para as crias das nossas aves, que assim que são separadas dos progenitores ainda têm dificuldades em ingerir a mistura para eles indicada, assim sendo as crias desenvolvem-se mais rapidamente diminuindo a morte das crias após a separação dos progenitores.

Conclusão...

A inclusão da germinação na criação diversifica a alimentação e diminui o índice de mortalidade por parte das crias e proporciona uma melhor saúde do nosso plantel.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Canários



Vamos falar um pouco da vida desta bela ave….

Há mais de 5 séculos estes belos, coloridos e canoros pássaros, têm encantado milhares de pessoas em todo o mundo.
São originários das Ilhas Canárias, localizadas na costa oeste de África, que curiosamente receberam este nome dos romanos não pelos Canários, mas devido aos cães ( canis em latim) de grande porte que ali habitavam. Acredita-se que os primeiros registos sobre Canários datem o ano de 1402.

Muito utilizados pelos marinheiros como animal de estimação, os Canários conquistaram a Europa e o mundo rapidamente.

A prática de manter os Canários no local de trabalho foi adoptada também pelos mineiros de carvão, que os utilizavam como alarme, pois caso estes morressem dentro da mina era sinal de que havia fuga de gás.
Da época do descobrimento do Canário selvagem ( Serinus canarius ), de cor verde, até os dias de hoje, muito se fez através das criações selectivas.

Actualmente existem 4 agrupamentos de raças de Canários: Canários silvestres, Canários de cor, Canários de canto e Canários de porte e postura.

Em relação aos Canários de cor, existem hoje mais de 300 cores catalogadas, sendo agrupadas em: cores melânicas preto-castanho, melânicas castanho, lipocrômicas, ágatas e Isabel.

Já entre os Canários de canto, destacam-se algumas raças como a Harzer , também conhecida por Harz ou Belga de origem alemã, a Malinolis , descendente de Canários belgas da região de Flandres (cidade de Malines) e o Timbrado Espanhol, criado na Espanha desde 1700.

Os canários de forma e posição são também conhecidos por Canários de Postura e em Portugal, Canários de Porte.
As características principais dos canários destas raças relacionam-se com a configuração do corpo e a posição que assumem no poleiro. O canto, que em algumas raças é bastante apreciado e importante para a sua classificação, nestas quase nunca é referido por não constituir factor necessário ou fundamental.
Os ingleses juntam a palavra Fancy a muitas destas raças a qual, não existindo uma tradução à letra para português, significará "artificial", "fantasia", isto é, obtida através de selecção cuidada. No entanto, nos nossos dias, muitos criadores e estudiosos já não aplicam esta designação.
Os Canários de Forma e Posição dividem-se em dois tipos - Ingleses e Frisados.

Reprodução:
O ciclo de reprodução dos Canários, da postura dos ovos até a saída do ninho, dura em média 30 dias. Neste período é importante o mínimo de perturbações possíveis, para não interferir no processo biológico envolvidos. A sexagem das aves pode ser pela observação da região anal e também pode ser percebida pela diferença do canto, Apesar de algumas fêmeas cantarem, o seu canto não tem a mesma intensidade do canto dos machos. A fêmea coloca 5 ovos em média (um por dia, na parte da manhã). O macho e a fêmea zelam pelo choco e o período de incubação é cerca de 15 dias.

Manutenção:
Existem vários tipos de gaiolas para Canários: gaiolas para Canários cantores, gaiolas para criação e voadeiras. Para a manutenção de Canários em casa, é interessante a opção de uma gaiola de no mínimo 60 cm de comprimento, 30 cm de largura e 40 cm de altura, com comedouro, bebedouro, uma banheira rasa ( 3 cm em 5 cm em média) e alguns poleiros.
A limpeza é fundamental para a prevenção de doenças. Por isso, é interessante que a gaiola tenha uma bandeja removível que facilite o processo. Podemos optar por forrá-la com algum papel absorvente (ex: jornal) que deve ser trocado semanalmente. Troque também a água diariamente, faça desinfecção do bebedouro, comedouro, banheira e fundo da gaiola no mínimo duas vezes por semana. É muito importante retirar a banheira para evitar banhos à tarde e essencialmente de estiver frio. Evitar correntes de ar e locais com excesso de humidade, muito movimentados são cuidados que também se deve ter para estas aves se sentirem seguras.

Mutação onix

GENERALIDADES

A mutação ONIX caracteriza-se pela ausência de faeomelanina e um aumento da eumelanina. Esta mutação evidenciar-se-á melhor nas aves que têm estrias muito boas sobre o dorso e nos flancos com um máximo de eumelanina.

Sendo a faeomelanina substituída pela eumelanina, uma cor muito compacta forma-se entre as estrias, a qual devido à estrutura da plumagem, será o mais escura sobre a cabeça, na nuca e sobre o dorso.

Devido à ausência da faeomelanina, é difícil aproximar a tonalidade negra à da série negra clássica.

A eumelanina da série negra, ágata e castanha possuindo o factor ONIX deve ser sempre pura.

A cor de fundo não estando mais influenciada pela faeomelanina, aparece mais clara e mais luminosa.

NEGRO ONIX

Na série negra, as rémiges e as rectrizes devem ser o mais escuras e uniformes possível, com uma cor compacta.

Há ausência de faeomelanina.

As estrias dorsais e os flancos devem ser marcados.

Devido à ausência de faeomelanina, as patas, as unhas e o bico não serão tão negros como na série clássica, mas devem ser unicolores e tão escuras quanto o possível.

Estão homologadas pela COM;

Negro Onix Amarelo Intenso

Negro Onix Amarelo Nevado

Negro Onix Amarelo Mosaico

Negro Onix Amarelo Marfim Intenso

Negro Onix Amarelo Marfim Nevado

Negro Onix Amarelo Marfim Mosaico

Negro Onix Vermelho Intenso

Negro Onix Vermelho Nevado

Negro Onix Vermelho Mosaico

Negro Onix Vermelho Marfim Intenso

Negro Onix Vermelho Marfim Nevado

Negro Onix Vermelho Marfim Mosaico

Negro Onix Branco Recessivo

Negro Onix Branco Dominante

CASTANHO ONIX

Na série Castanha, as rémiges e as rectrizes devem ser castanho-bege e tão uniformes quanto possível.

Há ausência de faeomelanina.

As estrias dorsais e os flancos devem ser bem marcados sobre uma cor de fundo luminosa.

As patas, as unhas e o bico devem ser de cor clara.

Estão homologadas pela COM;

Castanho Onix Amarelo Intenso

Castanho Onix Amarelo Nevado

Castanho Onix Amarelo Mosaico

Castanho Onix Amarelo Marfim Intenso

Castanho Onix Amarelo Marfim Nevado

Castanho Onix Amarelo Marfim Mosaico

Castanho Onix Vermelho Intenso

Castanho Onix Vermelho Nevado

Castanho Onix Vermelho Mosaico

Castanho Onix Vermelho Marfim Intenso

Castanho Onix Vermelho Marfim Nevado

Castanho Onix Vermelho Marfim Mosaico

Castanho Onix Branco Recessivo

Castanho Onix Branco Dominante

ÁGATA ONIX

Na série Ágata, as estrias devem ser cinzento-escuro e bem pronunciadas com uma cor compacta.

A cor das rémiges e das rectrizes devem ser o mais uniforme possível.

Há ausência de faeomelanina.

As estrias dorsais e os flancos devem ser bem marcadas sobre uma cor de fundo luminosa.

As patas, as unhas e o bico devem ser unicolores.

Estão homologadas pela COM;

Ágata Onix Amarelo Intenso

Ágata Onix Amarelo Nevado

Ágata Onix Amarelo Mosaico

Ágata Onix Amarelo Marfim Intenso

Ágata Onix Amarelo Marfim Nevado

Ágata Onix Amarelo Marfim Mosaico

Ágata Onix Vermelho Intenso

Ágata Onix Vermelho Nevado

Ágata Onix Vermelho Mosaico

Ágata Onix Vermelho Marfim Intenso

Ágata Onix Vermelho Marfim Nevado

Ágata Onix Vermelho Marfim Mosaico

Ágata Onix Branco Recessivo

Ágata Onix Branco Dominante

ISABEL ONIX

Para esta série a falta de experiência não permite estabelecer o standard e não está homologada pela COM.

(Este artigo foi elaborado pelo meu amigo Nuno Monteiro,juiz de canários de côr)