quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Raça Topázio

A mutação Topázio aparece em 1970 em Itália. A moda e o número de outras mutações precedentes (novas cores), fizeram com que estas aves não merecessem por parte dos criadores a devida atenção. É, pois, uma das razões que faz com que esta recente mutação seja mal entendida e , também, com que a grande maioria dos criadores não saibam dirigir os respectivos acasalamentos.

Estes canários estriados confundiam-se com os inos, visto que a sua primeira aparição surgiu de um plantel de canários inos e os seus criadores passaram a denominá-los “inos a melânina central”.

Os canários Topázio apresentam um desenho dorsal constituído por estrias, como se se tratasse de um canário clássico ( Negro – Castanho – Ágata – Isabel).

tipicidade do Topázio poderá estar no contrate existente em relação às estrias e às entre-estrias.O seu aspecto pode induzir a um parentesco com o canário Satiné, mas, no entanto, as suas estrias apresentam-se numa cor cinzento-antracite mais pronunciada e os olhos não são vermelhos.

Esta mutação caracteriza-se pela modificação e produção da eumelanina e pela concentração desta em redor canal medular das penas (concentração de negro nas rémiges e rectrizes, em formula de pérola).

A presença do factor óptico favorece mais os canários com factor mosaico, que apresentam um melhor contraste no seu desenho dorsal.

Constatou-se que a sua hereditariedade está ligada ao mesmo factor ancestral, com predominância parcial de Topázio sobre os inos.

Os canários portadores de Topázio são fenotipicamente idênticos a um clássico.

Os canários Topázio são portadores de ino fenótipico intermédio (atípicos).

Como acasalar:

Esta mutação é recessiva, pois o seu comportamento é idêntico a outros factores recessivos tais como Opala-Inos, sendo o resultado dos acasalamentos o seguinte:

TOPÁZIO X TOPÁZIO
100% Canários Topázio
TOPÁZIO X NÃO TOPÁZIO
100% Canários portadores de Topázio


PORTADOR DE TOPÁZIO X PORTADOR DE TOPÁZIO
25% Canários Topázio
50% Canários portadores de Topázio
25% Canários clássicos não Topázio

Considerando que os Topázios e Inos possuem genes diferentes, nos acasalamentos entre si podemos obter:

TOPÁZIO X INO
100% Topázios portadores de ino (atipicos)

TOPÁZIO PORTADOR DE INO X TOPAZIO PORTADOR DE INO 25% Topázio 50% Topázios portadores de ino 25% Inos Standard

Negro Topázio Bronze o desenho da eumelanina típica negra do clássico (bronze), nos Topázio aparece na cor negro-chocolate.

As estrias devem ser nítidas e os flancos bem marcados (estriados).

A mínima presença de phaelomelanina permite um bom contraste e coloca em evidência os contornos claros das rémiges, rectrizes e penas de cobertura.

As asa e cauda devem ser bem marcadas (apresentando cor negra em forma de pérola). Bicos, patas e unhas, são de cor clara. Olhos negros.

AGATA TOPÁZIO

O desenho estriado, de cor cinza-antracite, será menos escuro que no Topázio Negro, fino e curto. A phaelomelanina reduzida ao máximo. Os flancos bem marcados e estriados. Asas e cauda bem marcados, com uma bordadura ampla em forma de pérola. Bico, patas e unhas são de cor clara. Olhos negros.

n.r: Os canários Topázio em Castanho e Isabel já existem, no entanto, o seu standard não está oficializado pelo C.O.M. ; Muito embora os criadores continuem a trabalhar para que tal seja possível no mais curto espaço de tempo. Continuam a existir diversas divergências entre os criadores desta bela mutação; no entanto existe uma regra em que todos estão de acordo: - O Topázio, quanto mais se confundir com o Ágata Pastel menos valor tem.

por: Carlos Lima, Juiz de canários de côr

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O porque de muitas mortes dos canários com 3 dias de vida:

O Ponto Negro

Muitos canaricultores já ouviram falar do Ponto Negro, e ainda pior, alguns já viram canários seus morrer com esse problema. As poucas coisas que se sabe sobre esta doença são:
- O ponto negro que aparece na parte lateral direita do abdómen é a vesícula biliar congestionada. Depois da cria morrer a vesícula rompe-se e dela sai a bílis que cobre toda a parede abdominal;
- Afecta principalmente as crias;
- As aves nascem já com esse problema.
Actualmente desconhece-se se se trata de uma doença contagiosa (vírica, bacteriana ou fúngica) ou um problema metabólico. Investigações recentes realizadas nos EUA parecem demonstrar ser um vírus.


Em qualquer caso, nos aviários afectados deve-se proceder da seguinte maneira:

- Desinfectar escrupulosamente as instalações assim como todos os utensílios utilizados pelos canários (comedouros, bebedouros, poleiros…);
- Administração de vitaminas e probióticos para fortalecer as defesas das aves;
- Aumentar a ventilação do canaril e diminuir o número de aves existentes no canaril;
- É aconselhável reduzir o número de posturas ou mesmo não deixar as aves fazer criação esse ano.

Existem aves que costumam ter filhotes com o ponto negro e de um momento para o outro criam com normalidade. No ano passado recebi um par de canário de cor que tinham tido problemas com o ponto negro nos filhotes. Enquanto estiveram no meu poder limitei-me a dar complexos vitamínicos e probióticos juntamente com uma alimentação variada. A primeira postura teve 4 ovos: 2 férteis e 2 brancos. Na segunda postura também foram 4 ovos: 3 férteis e 1 ovo branco. Todos os ovos fertéis vieram a dar filhotes saudáveis enquanto que na época anterior tinham todos morrido com o ponto negro.

São muitas as perguntas que faltam responder:
- Que factores desencadeiam a aparição desta doença?
- Como se contagia?
- Qual o tratamento?
Parece evidente que os antibióticos não resolvem o problema por isso temos que procurar substancias que aumentem as defesas dos canários para eles próprios ultrapassarem a doença.

Autoria de: Enrique Moreno
Traduzido por: Ivo Leite

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Entrega das aves para o mundial

No passado sábado dia 16 foi dia de entrega das aves para o mundial,sai do trabalho por volta das 13 horas vim virado a casa agarrei as aves,que já estavam devidamente seleccionadas e preparadas para levar,apesar de ter havido alguns contratempos com a preparação das mesmas,mas passando á frente apanhei as aves e comecei a colocá-los na transportadora por volta das 13.45 depois de colocá-las fiz-me á estrada,apanhei a auto estrada virado ao Porto e de seguida apanhei a estrada para matosinhos,chegando ao destino (Exponor) estacionei no parque(pago) e entrei no local da exposição,dei o meu nome á entrada deram-me a folha com as aves inscritas e só tive que esperar por um da organização para me levar ás gaiolas onde iria deixar as minha aves,já lá estavam muitas aves e posso adiantar que na secção dos Onix estavam lá aves fantásticas,deixei lá as minhas aves.Os dados como um amigo meu disse estão lançados agora é só esperar que as classificações saiam,que espero que não demorem...
Estaria a mentir se dissese que não gostaria de ganhar,claro que gostaria,mas sei que tem lá aves expostas muito boas,mas o meu principal objectivo é mesmo ter uma boa prestação no mesmo,se por acaso tirar alguma medalha ser+a um grande passo na minha vida como criador e para os meus objectivos como o mesmo.
Aproveito desde já para desejar a todos os Portugueses Boa Sorte e que este Campeonato Mundial realizado em Portugal fica marcado pela diferença pela excelente qualidade a que estamos habituados para a Ornitologia Portuguesa e para a Ornitologia em geral!

sábado, 16 de janeiro de 2010

Técnicas de aparelhamento e selecção no Canários de Cor

CONSIDERAÇÕES

Com extraordinária frequência, criadores de canários de cor perguntam, e inclusive nos solicitam, sobre a forma de acasalar correctamente os reprodutores. Com a excepção dos principiantes, aos quais é possível dar umas directrizes mínimas (já na maioria conhecidas), mais difícil é fazer isto com criadores com alguns anos de experiencia. Uma coisa importante é que são eles, proprietários dos seus canários, quem melhor os conhecem ou devieram conhecer, as variedades que criam e o comportamento genético (resultados) das suas gamas o grupos de gamas. Quando não é assim, normalmente se trata de criadores que se cansam com frequência dos seus pássaros, retiram-nos todos, trocam de raças, investem grandes quantidades de dinheiro, etc., sem chegar a conseguir algo que mereça a pena.

A meu ver, três são os factores fundamentais na criação de canários de Cor, devemos ter presente para poder-mos realizar um acasalamento adequado e obter bons resultados:

1. Conhecimento dos reprodutores.

2. Uma linha estável

3. Previsão (conhecimento) dos resultados



CONHECIMENTO DOS REPRODUTORES
É importante conhecer os canários com que trabalhamos, saber quais são os defeitos e as virtudes, e dentro do possível saber, de que coisa ou coisas são geneticamente portadores. Deverão observar-se muitos factores, não somente aqueles que afectam a cor, mas também as penas, a morfologia, o carácter, etc.



Linha Estável
Com esta denominação, queremos expressar um grupo ou lote de canários de cria, com características comuns. Não é possível uma criação coerente com resultados óptimos, quando se está permanentemente substituindo os reprodutores, incorporando novos, mudar de raças, etc. Creio sinceramente que é preciso, na medida do possível, criar sempre com exemplares do nosso próprio aviário, tendo em conta a consanguinidade e uma disciplina no controle de anilhas. Deverá ser incorporado periodicamente alguns canários que necessitemos e sempre com a convicção de que será capaz de ser algo de positivo. Uma linha estável é a única possibilidade de ter sistematicamente bons resultados. Para ter uma linha estável, é preciso uma quantidade razoável de canários da mesma raça e uns anos de trabalho com ela.


PREVISÃO DOS RESULTADOS
Difícil pode ser realizar uns acasalamentos adequados, se não se conhece qual será os resultados que pretendemos. Não se pode acasalar "para ver o que sai" pretendendo que o produto seja bom. De forma aleatória se consegue em um determinado momento um bom produto, isto será casualidade e para obter por casualidade bons exemplares, é obvio que se necessita de muitos reprodutores. Na maioria dos casos, este é o sistema que se utiliza ou se pretende utilizar. Considero isto, um grande erro. Em outras ocasiões, acredita-se que com bons exemplares (exemplares de concurso) se obtêm bons resultados. Se assim resultasse, considero sinceramente que foi casualidade. Todos conhecemos criadores que permanentemente estão em exposições, para adquirir canários de maior pontuação nos concursos, pagando inclusive grandes quantias, e também sabemos que os resultados não são os desejáveis.



SELECÇÃO DOS REPRODUTORES
Ouve-se com frequência "é necessário ter muita quantidade de casais de uma raça para obter bons resultados". Esta afirmação, muito gratuita, não tem porque ser verdadeira, trata-se simplesmente de multiplicar o maior número de probabilidades de êxito. Se pensamos que alguns casais, uns poucos, serão os que darão resultados aceitáveis, é obvio que somente com estes, teria sido suficiente; o resto não fazia falta.

Para chegar a um nível de precisão, que nos permita criar só com aqueles casais cujos resultados sejam bons, será preciso um conhecimento na eleição de reprodutores que por desgraça escasseiam.



COMO SELECCIONAR OS REPRODUCTORES?
Definitivamente, NÃO EXISTEM NORMAS DE APLICACÃO GERAL NAS SELECÇÕES DOS REPRODUCTORES. Somente quando se dispõe de um conhecimento da raça, da previsão de resultados e uma linha estável, o criador pode chegar a dominar esta selecção.

Um exemplo:

É muito corrente, quando alguns criadores solicitam um reprodutor que o façam com a condição "que seja de pena muito curta". Resulta que estes (a maioria) possuem um problema que desejam corrigir (a pena larga) e esperam que a solução venha de outros criadores. Existe crença generalizada que ao planear os casais de reprodutores devem ser sempre com um critério de compensação, assim o resultado final se aproxima ao esperado. Sem querer trazer discussão e não contrariar alguém, quero afirmar que este planeamento não é correcto.

Voltando ao exemplo anterior, queria desde já, perguntar a todos, “não preferiam vocês um reprodutor que melhora-se a plumagem à margem da que possui, larga, curta ou média?”

Se a resposta a esta pergunta a podemos adivinhar, também podermos adivinhar a seguinte pergunta do interlocutor, “e como sei eu que um determinado reprodutor melhora a plumagem?”. Se você não conhece seus reprodutores, qual ou quais tem esta ou outra propriedades, você não os observa o suficiente, os desconhece ou não possui uma linha estável e por tanto, não podem obter em termos gerais bons resultados.



Acasalamento.

”Uma vez compreendido o que foi dito anteriormente e conhecendo suficientemente a raça, está muito claro que realizar o acasalamento não é trabalho difícil, pelo contrario.

É verdade, que nem sempre se dispõe de tudo o que é necessário num aviário, este será então o momento de fazer novas aquisições de canários.

Neste nível queria reforçar duas regras de ouro:

1. Não se trata de acasalar tudo o que temos. Só aqueles que realmente acreditamos que dará bom resultado.

2. Não devemos nunca deixar o resultado ao acaso. Um criador deve saber de qual ou quais casais poderá obter melhor produto.



Aplicando estas duas normas, estou totalmente seguro que depois de realizado o acasalamento, resultarão bons exemplares e sem dúvida saberemos o que fazer com eles. Se nunca lhe acontece isto, você não realiza bem os acasalamentos, pois é praticamente impossível que resulte.



ELEMENTOS, CONSIDERAÇÕES DE SELECÇÃO E ACASALAMENTO
Muitos são os elementos e factores a ter em conta, por tanto serão objecto de estudo, consideração, observação, etc., de frente ao tema que nos ocupa. Alguns afectam a morfologia, (anatomia, tamanhos, formas, posturas, etc.), outros são mais próprios da cor, correspondente a cada raça e dentro destas, a sua variedade, Tipos e Categorias, (nível de oxidação ou diluição, presenças e/ou ausências de diferentes melaninas, distribuição de lipocromos, localização, etc.). A seguir serão relembrados alguns aspectos de interesse de todos:

Forma:

Ângulo e Tamanho da cabeça (grande ou pequena).

Longitude do pescoço (muito largo).

Peito (pouco ou demasiado avultado).

Ombros (muito salientes).

Músculos (demasiado salientes).

Forma do bico (formas curvas).

Cruzamento das asas (mal formadas).

Cauda desalinhada



Tamanho:

Exemplares grandes (tendem a ultrapassar o permitido).

Exemplares pequenos (penalizantes).



Postura:

Pássaros de postura muito vertical ou horizontal.

Melaninas:

Desenho Melánico: Falta de oxidação (nos que corresponde) ou falta de diluição (nos que corresponda).

Falta de desenho em flancos.

Desenho muito largos.

Fugas ou zonas de melanização (manchas lipocrómicas).



Lipocrómo:

Desenho lipocrómico.

Pureza de lipocrómo.



Plumagem:


Plumagem muita larga.

Plumagem com zonas de frisos.



Estes aspectos que temos exposto, e seguramente outros que não mencionamos, na maioria dos casos são de componente genético e por tanto possuem comportamentos mendelianos. Não são compensáveis e ainda que, desaparecerão na primeira geração por ser recessivos, não tardarão em aparecer sem dúvida com grande proliferação. Se não seleccionamos de forma que se eliminem estes defeitos, não fazemos uma selecção adequada. Em qualquer caso, haverá características já nomeadas anteriormente, que não serão componentes genéticos, devem-se a acidentes ou condições ambientais, em tal caso, está claro que não é transmissível na descendência.



NOVOS PROCEDIMIENTOS DE SELECÇÃO E ACASALAMENTOS

Tenho afirmado, que o processo de selecção e acasalamentos dos canários de Cor não é válido por um processo pendente a compensação, apesar de ser um dos sistemas mais relativos, proclamados e recomendados.

Actualmente, as técnicas de selecção genética animal, baseiam-se na obtenção de exemplares aprovados e supostamente melhorados, de determinada característica ou características. Creio modestamente que este pode ser o procedimento que seja actualmente o mais viável e com melhores perspectivas a médio prazo. Podemos chegar a precisar de um reprodutor, que melhora uma ou várias facetas, e inclusive, em que proporção o faz, está claro que será um bom procedimento.

Desde estas linhas, queria propor um sistema encaminhado a este procedimento de selecção e acasalamento. Baseia-se na possibilidade de existir reprodutores que melhorem algum aspecto ou aspectos. Se chegarmos a localizá-los por um procedimento de "proba” podermos chegar a afirmar que ele é um exemplar aprovado.

Pensando que a detecção de exemplares (aprovados) pode ser trabalho de duas ou mais temporadas de criação e por razões óbvias, acreditarmos que é preferível a localização de exemplares melhores machos. Partindo inicialmente de bons (os melhores reprodutores do nosso aviário) formaremos lotes de 3 a 5 fêmeas e 3 machos. É possível que cada uma das fêmeas faça três posturas, apenas com um macho. Uma vez concluída a campanha de reprodução, separaremos os produtos de cada macho e poderemos seleccionar o que deu melhores resultados. Para a seguinte campanha, incluindo, o macho e a fêmea seleccionados, se completará o lote com novos (bons e melhores) reprodutores que possamos optar e procedermos de idêntica forma.

Ao fim de várias campanhas, o resultado será patente, sem nos darmos conta, estaremos a seleccionar o nosso reprodutor com linhas estáveis e com tendência a melhorar. Se observamos quais são as características que influenciam a melhoria, poderemos afirmar que os exemplares da nossa linha melhorarão e ajudarão nessas características.

É evidente que serão precisos no mínimo dois ou três lotes de selecção, um controle rigoroso de consanguinidade e uma disciplina de trabalho séria e constante.

Creio que este procedimento de selecção e trabalho tem melhores resultados que as técnicas de acasalamento por compensação.


Por: J .M. López de Elorriaga / Juez O.M.J. -C.O.M. -F.O.C.D.E.

Fonte: Ivo Leite(canariculturatuga)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Classe das Aves

As aves originaram-se a partir dos répteis, o que fica evidenciado através das escamas que recobrem as pernas, do crânio com um côndilo occipital, dos mesmos anexos embrionários e da excreção do ácido úrico.A mais antiga ave conhecida é a ave-lagarto (Archaeopteryx lithographica), animal do tamanho de uma pomba. O fóssil encontrado na Baviera (Alemanha), em 1861, permitiu reconhecer nessa ave a presença de bico com dentes e cauda longa. Viveu no período Jurássico, há cerca de aproximadamente 150 milhões de anos atrás.

Sistema Tegumentário

O corpo das aves é recoberto por penas (anexos epidérmicos), e as pernas, por escamas córneas. A pele das aves não possui glândulas. Apenas algumas aves possuem, na região caudal, glândulas uropigiais que produzem uma secreção oleosa, usada na lubrificação e impermeabilização das penas e do bico. Outras aves (garças, gaviões, papagaios, etc.) possuem penas pulverulentas, isto é, penas cujas extremidades se desintegram à medida que crescem, formando um pó fino (como talco) que impermeabiliza as outras penas. As áreas do corpo cobertas por apenas denominam-se pterílias. As penas que cobrem o corpo, exceto as asas e a cauda, denominam-se tectrizes. As penas grandes das asas, com função propulsora, denominam-se remígeas, e as penas grandes da cauda, que orientam o vôo, denominam-se rectrizes. As plumas são penas macias e flexíveis que recobrem o corpo das aves jovens, e que nas adultas ocorrem por entre as demais.

Partes da pena:

cálamo + ráquis = eixo da pena

barbas + bárbulas = vexilo (lâmina) da pena



Pterilose: é a disposição das penas no corpo das aves. Ocorrem zonas com penas.
Mudas: ocorrem periodicamente. Formam um processo gradual e ordenado. O crânio é desproporcionalmente pequeno em relação ao corpo. Possuem apenas um côndilo occipital. As vértebras caudais são atrofiadas, formando o pigóstilo.



Sistema Digestivo

É do tipo completo. As aves possuem bico e língua córneos; não há dentes. As aves granívoras (que se alimentam de grãos) apresentam moela e papo, que são pouco desenvolvidos ou mesmo ausentes nas aves carnívoras e frugívoras (aqueles que se alimentam de carnes e frutas). No papo o alimento é amolecido. Daí o alimento vai para o proventrículo (estômago químico), passando a seguir para a moela (estômago mecânico), que é muito musculosa e substitui a falta de dentes nas aves. Após a trituração, o alimento dirige-se para o intestino delgado, onde ocorre a absorção dos produtos úteis, sendo o restante eliminado através da cloaca. A cloaca é uma bolsa onde são lançadas as fezes, a urina e os gametas. Como glândulas anexas ao sistema digestivo, existe no fígado e o pâncreas. Obs : o "leite-de-pomba" é uma secreção Láctea produzida pelo papo da ave adulta para a nutrição dos recém-nascidos.



Sistema Excretor

Os rins são metanefros, com dois ureteres que desembocam na cloaca, pois não possuem bexiga urinária e a sua excreção é rica em ácido úrico.



Sistema Respiratório

A respiração é pulmonar. Os pulmões são do tipo parenquimatoso, com vários canais de arejamento, ligados a cinco pares de sacos aéreos, ligados às cavidades dos ossos ppneumáticos.Possuem um "órgão do canto" chamado siringe, que se situa na traquéia ou nos brônquios. A siringe é mais desenvolvida nos machos, pois o canto deles serve para atrair as suas fêmeas e para delimitar os territórios.



Sistema Circulatório

A circulação é fechada, dupla e completa; o sangue venoso não se mistura com o sangue arterial. As hemácias são nucleadas e ovais. O coração tem 4 cavidades, que são conhecidos como: os dois átrios ou aurículas e os dois ventr&iaute;culo.



Sistema Nervoso

Apresentam sistema nervoso central e periférico com doze pares de nervos cranianos. O encéfalo apresenta cerebelo bem desenvolvido, pois necessitam de muito equilíbrio para o vôo. Têm visão bem desenvolvida. Percebem cores nitidamente, pois a retina contém muitos cones com gotículas de óleo. Apresentam membrana nicitante revestindo os olhos no sentido horizontal, como uma cortina. O olfato e a audição são muito apurados. O seu ouvido é dividido em ouvido externo, médio e interno.



Reprodução

- Fêmeas possuem apenas sistema reprodutor bem desenvolvido no lado esquerdo. No lado direito há um testículo rudimentar, o qual se torna funcional com a retirada do ovário. Mais raramente se pode formar um ovotéstis ou mesmo outro ovário.

- Ovíparas.

- Fecundação interna.

- Desenvolvimento direto.

- Ovos telolécitos completos, ricos em vitelo.

- Geneticamente, os machos são ZZ (homogaméticos) e as fêmeas são ZW (heterogaméticas).

- Aves nidícolas ou nidífilas (ficam no ninho após a eclosão dos ovos) e aves nidífugas (saem do ninho após a eclosão dos ovos). Os embriões das aves têm diversos envoltórios (ou anexos) embrionários que os protegem contra a dessecação e choques. Servem para a respiração, excreção e outras funções necessárias durante a vida embrionária. São o âmnio, o córion, o saco vitelino e o alantóide.


Sistemática

Na classe Aves, encontramos cerca de 9.000 espécies, divididas em dois grandes grupos:


RATITAS

Apresentam asas atrofiadas ou ausentes e osso Esterno sem quilha. Representados pelas seguintes ordens:

- Apterigiformes: quivi

- Reiformes: ema

- Estrutioniformes: avestruz


CARINATAS

Carinatas apresentam asas bem desenvolvidas e Esterno com quilha. São representadas por todas as demais ordens como:

- Esfenisciformes: pingüim.

- Pelicaniformes: pelicano, mergulhão.

- Ciconiformes: garça, cegonha, flamingo.

- Anseriformes: pato, ganso, cisne.

- Falconiformes: urubu, falcão, águia, abutre, gavião.

- Galiforrmes: codorna, faisão, peru, galinha, perdiz.

- Columbiformes: pombo.

- Pscitaciformes: papagaio.

- Estrigiformes: coruja.

- Piciformes: pica-pau.

- Passeriformes: passarinhos.

FONTE:IVO LEITE (CANARICULTURA TUGA)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Problemas técnicos

Venho por este meio informar e pedir desculpa,mas pelos vistos onde eu costumo alojar as imagens que coloco aqui no meu blogue encontra-se com problemas técnicos,dai só conseguirem verem links e não as imagens colocadas por mim.
Se o problema não fôr resolvido nas próximas horas,terei que mudar as imagens para outro serviço e colocá-las novamente.
Peço desculpa a todos os visitantes e simpatizantes do meu blogue.
Obrigado pela vossa compreenção,prometo ser breve.

P.S-Venho por este meio informar que a situação do alojamento das imagens já se encontra resolvido.Obrigado

sábado, 9 de janeiro de 2010

Mistura Light da Varsele laga Premium

PRESTIGE PREMIUM CANÁRIOS LIGHT
( VERSELE-LAGA )


Prestige Premium Canários Light é uma mistura de sementes enriquecida com elementos nutritivos suplementares, dos quais os canários necessitam para manter uma boa condição. Devido ao seu baixo teor energético, esta mistura ligeira com muita alpista (67 %) impede que os pássaros engordem na defesa ou quando tenham pouco espaço para voar. Facilmente digerível durante as épocas quentes. Com 2 % de chia. Esta mistura é composta por sementes cuidadosamente seleccionadas e enriquecida com extra Vitaminas, Aminoácidos e Minerais contidos em pequenos granulados extrusionados VAM. Além disso, estes pequenos granulados VAM apetitosos contêm Florastimul, uma substância que garante um bom funcionamento intestinal e uma condição óptima. Pedaços de casca de ostra limpa proporcionam um bom funcionamento do estômago e um equilíbrio correcto do balanço cálcio/fósforo.


Valores nutricionais indicativos
Proteína bruta 18%
Gorduras brutas 11%
Cinza bruta 6,5%
Celulose bruta 6%
Cálcio 1%
Fósforo 0,5%
Metionina 4.100 mg/kg
Vitamina A 8.000 UI/kg
Vitamina D3 1.600 UI/kg
Vitamina E 20 mg/kg
Lisina 4.300 mg/kg

Além disso, a mistura Canários Light é enriquecida com:
Vitamina K, B1, B2, B6, B12, C, PP, ácido fólico, biotina e colina.
Minerais: sódio, magnésio e potássio.
Oligoelementos: ferro, cobre, manganés, zinco, iodo e selénio.

Ingredientes
Alpista 67%
Níger 5%
Semente de nabo 4%
Linhaça 4%
Aveia descascada 4%
Semente de cânhamo2%
Perilha 2%
Chia 2%
Granulados VAM 8%
Casca de ostra 2%


OBS-Esta é a mistura que eu uso,posso-vos dizer que esta mistura é excelente em todos os aspectos,um pouco mais cara que as outras sim,mas muitissímo boa.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

PROGRAMA DO 58º CAMPEONATO MUNDIAL



14/01/2010
(Quinta-feira)
até ás 19:00h Chegada dos convoyeurs estrangeiros

15/01/2010
(Sexta-feira)
das 08:00 ás 18:00h Engaiolamento dos pássaros estrangeiros


16/01/2010
(Sábado)
das 09:00h ás 12:00h
das 14:00h ás 18:00h
Engaiolamento dos pássaros Portugueses
ás 18:30h Congresso O.M.J.

17/01/2010
(Domingo)
das 09:00 ás 17:00h Julgamentos

18/01/2010
(Segunda-feira)
das 09:00 ás 17:00h Julgamentos

19/01/2010
(Terça-feira)
das 09:00 ás 17:00h Julgamentos

20/01/2010
(Quarta-feira)
Todo o dia Organização

21/01/2010
(Quinta-feira)
ás 15:00h Inauguração
das 16:00h ás 20:00h Abertura ao público

22/01/2010
(Sexta-feira)
das 10:00 ás 20:00h Abertura ao público

23/01/2010
(Sábado)
ás 10:00h Congresso C.O.M.
das 10:00 ás 20:00h Abertura ao público
ás 20:30h Jantar de Gala

24/01/2010
(Domingo)
das 10:00h ás 17:00 Abertura ao público
ás 17:30h Encerramento
a partir das 18:00h Desengaiolamento dos pássaros Portugueses


25/01/2010
(Segunda-feira)
a partir das 08:00h Desengaiolamento dos pássaros estrangeiros

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Preparando Canários para Concurso

Também é básico comentar que as instalações do criadouro devem ser adequadas. Deve-se ter sempre a preocupação em garantir a higiene necessária, o que não quer dizer no entanto um ambiente de sala cirúrgica, que muitas vezes é até prejudicial. O criadouro deve ter boa aragem, iluminação suficiente, temperatura mais ou menos constante, gaiolas confortáveis para os pássaros. A facilidade oferecida ao manejo permitirá manter os canários com boa saúde, o que já é meio caminho andado na preparação para o concurso.

Tomando todos esses cuidados iniciais à criação. Não se esqueça de preparar os reprodutores adequadamente para a temporada de cria! Reprodutores saudáveis apresentam invariavelmente melhores resultados.
O primeiro cuidado que se deve ter, visando o concurso, é no anilhamento dos filhotes. Não se deve deixar para anilhar os rebentos muito tarde, sob o risco de aleijá-los. É um dos factores mais comuns de desclassificação o aparecimento de canários com dedos quebrados e tortos, que muitas vezes passam desapercebidos até o momento do julgamento. A idade ideal para o anilhamento é por volta dos sete dias, mas pode variar consideravelmente, dependendo do desenvolvimento da ninhada. O importante é observar o tamanho dos filhotes, fazendo um teste se for necessário, para anilhá-los no momento certo. Uma substância oleosa qualquer pode ajudar a colocar o anel, se o filhote estiver muito desenvolvido. Normalmente, dez dias após o nascimento já não se consegue colocar a anilha. É conveniente também ficar atento para detectar as canárias que rejeitam os filhotes anilhados. Fato muito comum, pode ser contornado em geral através de alguns truques, como por exemplo, a fixação de anéis na borda do ninho, cobrir os anéis com esparadrapo cor da pele ou pintar os anéis com esmalte escuro. Neste último caso, após a separação dos filhotes é bom retirar logo o esmalte, para garantir que não haja um descuido de levá-lo ao concurso com o anel colorido, que provocará sua desclassificação.

A administração da cataxantina é também muito importante. No nosso país os canários devem ser apresentados nas exposições com as penas totalmente carotenadas. Portanto, o mais aconselhável é fazer os pássaros comercataxantina desde o nascimento. Dessa forma, a cor ficará mais facilmente homogénea e não será necessário arrancar as penas grandes na primeira muda, pois os canários só as trocam naturalmente na Segunda. O arrancar de penas é, com certeza, um procedimento agressivo para os pássaros e perigoso, pois pode provocar o surgimento de quistos na plumagem, além de algumas asas quebradas para os criadores menos hábeis. Se não houver opção, o arranque das penas deve ser feito muito cuidadosamente, em pelo menos duas etapas. Considerando que essas penas levam cerca de 35 dias para crescer totalmente, deve-se programar a primeira etapa do arranque para aproximadamente 90 dias do concurso. Após um intervalo de 35 a 40 dias, tira-se o restante das penas. Cabe ainda observar que a quantidade de cataxantina a ser administrada deve ser calculada verificando-se a cor das fezes dos pássaros e somente quando elas estão vermelhas, tem-se a certeza de que a quantidade está correcta. Não é necessário servir a cataxantina todos os dias. Há vários anos só sirvo em dias alternados com resultados perfeitos.

O banho é o maior aliado do criador na preparação dos pássaros para concurso. Além de manter os pássaros saudáveis, traz inúmeros benefícios para a plumagem (excepto para os canários frisados). Se possível, deve-se dar banho aos canários diariamente. Em último caso, pelo menos faça-o uma vez por semana. O banho deve ser natural permitindo-se que os canários usem por si só as banheiras. A pulverização de água, por exemplo com uma mangueira de jardim ou um pulverizador de plantas, não permite que o pássaro se prepare para o banho. Se ele resolver usar a banheira naturalmente, observe que fará uma preparação, espalhando pela plumagem uma secreção produzida nas glândulas do uropígio, que é o que os pássaros fazem na natureza. Se houver um acúmulo de sujeira, pode-se lavar as penas da cauda e das asas com uma escovinha macia e sabão neutro, tipo sabão de coco. Isso deve ser feito com muito cuidado para não arrancar as penas, de preferência com água corrente.

A alimentação servida aos pássaros deve ser bem equilibrada e conter sementes oleosas, como a linhaça em quantidade adequada, o que também favorece uma boa plumagem. Na farinhada pode-se colocar um pouco de óleo de girassol, se for necessário. Na proporção de cinco gotas para cada ovo cosido utilizado.

Logo após a separação dos filhotes, é conveniente observar aqueles da linha clara que tenham também manchas melânicas. Em geral é possível eliminar essas manchas pelo simples arrancar das penas, ainda que às vezes seja preciso fazê-lo mais de uma vez. O que o criador não deve esquecer é de avisar ao eventual comprador sobre o defeito do pássaro!
Os filhotes devem ser mantidos em quantidades compatíveis com o tamanho das gaiolas ou voadeiras utilizadas. O excesso de indivíduos é prejudicial, pois a disputa pelo espaço e pela comida normalmente provoca brigas, o que muitas vezes traz danos irremediáveis á plumagem.

As unhas e o bico podem e devem ser aparados, desde que o criador faça-o cuidadosamente, preocupando-se em mante-los com a aparência natural, Pode-se usar um cortador de unhas para apará-los, fazendo-o no caso das unhas no mesmo sentido da sua curva. Os bicos podem ser também acertados com uma lixa fina que muitas vezes funciona até para retirar pequenas manchas.

Os canários vermelhos e os que precisam mostrar as melaninas marrons oxidadas, como os feos e os pastéis canelas, não podem ser expostos constantemente ao sol. De preferência devem ser conservados na parte mais escura do criadouro. Com apenas breves exposições à luz solar directa.
Por fim, ao transportar os canários para exposição o criador deve ter o cuidado de fazê-lo em gaiolas ou transportes bem limpos, em quantidades compatíveis com o espaço. Muitos canários de estragam nesse mínimo tempo.
Seguindo esses pequenos conselhos, você já poderá apresentar seus pássaros em bom estado. Mas não se iluda, na canaricultura há sempre o que aprender!


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Arnaldo Silva Araújo

Fonte: canariculturatuga.com

sábado, 2 de janeiro de 2010

RESPIRAÇÃO NAS AVES

O sistema respiratório das aves tem pulmões rígidos de volume fixo e sacos aéreos complacentes. Os pulmões atuamcomo um local de trocas gasosas do sistema respiratório.
Sacos aéreos grandes de paredes finas originam-se de alguns brônquios secundários. Um grupo cranial (sacos aéreos cervicais, clavicular e torácicos craniais) conecta-se aos brônquios secundários médio-ventrais; um grupo caudal (sacos aéreos torácicos caudais e abdominais) conecta-se aos brônquios secundários látero-ventrais e médio-dorsais e aos brônquios primários intrapulmonares. Todos os sacos aéreos são pares, exceto o clavicular; nas galinhas, patos, pombos e perus, há um total de nove sacos aéreos.

Os divertículos surgem de muitos sacos aéreos e penetram em alguns ossos. Embora a maioria dos ossos em algumas aves sejam pneumáticos (mesmo os ossos do crânio e falanges distais no pelicano), o osso pneumático mais importante nas espécies domésticas é o úmero. O divertículo supra-umeral do saco aéreo clavicular estende-se dentro desse osso, e é possível para a ave ventilar seu pulmão através de um úmero quebrado. O volume de gás nos sacos aéreos é aproximadamente 10 vezes maior do que o dos pulmões, com o volume do sistema respiratório total atingindo 500 ml em galos grandes. Praticamente não ocorrem trocas gasosas nas paredes dos sacos aéreos.

As modificações do volume corporal são causadas por contracção dos músculos inspiratório e expiatórios, ambos activos e igualmente importantes (mesmo na ventilação em repouso). As aves, ao contrário dos mamíferos, não possuem diafragma e os músculos esqueléticos da parede corporal fornecem energia para a modificação do volume do corpo. O volume corporal aumenta durante a inspiração por causa do movimento ventro-cranial do esterno e lateral das costelas. O complexo esterno-coracóide fixa-se a espádua e a ponta do esterno desloca-se em arco, enquanto a ave respira.

Durante a inspiração, o volume corporal (torácico e abdominal) aumenta, o que diminui a pressão nos sacos aéreos em relação à da atmosfera e o gás desloca-se através dos pulmões para dentro dos sacos aéreos. Ao contrário, durante a expiração, o volume corporal diminui, a pressão nos sacos aéreos aumenta em relação à da atmosfera e o gás é forçado para fora dos sacos aéreos e de volta, através dos pulmões, para o meio ambiente. Assim, o gás flui através dos pulmões da ave durante ambas as fases do ciclo respiratório.
O sistema de controle ventilatório actua no ajuste da quantidade e padrão ventilatório para adquirir uma constância relativa dos gases no sangue arterial em condições de repouso. Essa função parece ser exercida por influência de muitos impulsos de entrada aferentes, vindos tanto dos receptores periféricos como centrais, no oscilador respiratório central que, por sua vez, controla os neurónios motores que inervam os músculos respiratórios.

Durante o stress pelo calor em aves, a frequência respiratória aumenta de maneira acentuada, à medida que o volume respiratório diminui e, finalmente, ocorre polipnéia. A ventilação total em tais condições pode aumentar seis a sete vezes. É espantoso o fato de que, em algumas aves (avestruz, galinha mestiça, perdiz, cegonha, marreco-de-pequim, pombo), essa acentuada alteração na ventilação total resulta em alteração nos gases e no pH do sangue arterial. Em algumas aves (galinha), a ventilação aumenta de forma acentuada durante a polipnéia, resultando em severa hipocapnia ealcalose. As razões para as diferenças entre as espécies são desconhecidas.

O agrupamento neuronal respiratório, responsável pela acção rítmica dos músculos respiratórios, está no tronco cerebral, provavelmente na região da ponte e parte rostral do bulbo.
Devido à necessidade de um movimento ventro-cranial do esterno para que a ave modifique seu volume corporal no processo de movimentar os gases através dos pulmões, deve-se ser extremamente cauteloso para não conter uma ave de maneira que o movimento esternal seja impedido, ou ela não poderá ventilar seus pulmões adequadamente.

O controle da respiração parece estar directamente envolvido no grau de calcificação da casca do ovo. Sob condições de hiperventilação, como frequentemente acontece no stress pelo calor, são formados ovos de casca fina. Durante procedimentos cirúrgicos em que a cavidade toracoabdominal é aberta (castração de frangos), os sacos aéreos são rompidos e a capacidade da ave para ventilar seus pulmões pode ficar seriamente comprometida. As aves têm um fator de segurança muito baixo para a maioria dos anestésicos e é fácil induzir parada respiratória.

Quando isto acontece, os pulmões podem ser artificialmente ventilados por delicada acção de bombeamento sobre o esterno, comprimindo e expandindo assim a cavidade toracoabdominal. O gás, então, irá deslocar-se através dos pulmões e as trocas gasosas poderão ocorrer até que a concentração do agente anestésico diminua e a respiração espontânea.

AUTOR:Ivo Leite http://canariculturatuga.com